Uma gota de História

Escrito por: José Adilson Stuzata, Agência de Desenvolvimento Solidário da CUT Paraná


Antes, nós humanos vivíamos em tribos (120 a 10 mil anos antes de Cristo). Até que uma tribo mais forte dominou e escravizou a outra (surgimento do trabalho escravo). Na Europa (Inglaterra, França, Itália, etc.), no ano 400 depois de Cristo, surgiu o Feudalismo. O senhor feudal (dono da terra) “deixava” o vassalo (trabalhador) ficar em suas terras, desde que entregasse maior parte da sua produção.

Em 1760 (Revolução Industrial), a população saiu da área rural e foi para a cidade trabalhar nas indústrias (Inglaterra-Europa). Surgiram as lutas da classe trabalhadora, que era obrigada a trabalhar 16 horas. Crianças de 6 anos também trabalhavam. Morria-se muito pelas condições que eram degradantes. O conceito de “mais valia” é dessa época. Consiste no lucro entre a despesa com o salário e o valor do produto vendido.

Nesta época, o Brasil continuava rural e com trabalho escravo (1559-1888). As cotas aos afrodescendentes servem minimamente para reparar essa covardia histórica, em especial, ao povo africano. Há o surgimento da direita e da esquerda (1789). Na Revolução Francesa (Liberdade, Igualdade, Fraternidade), os ricos ficaram sentados à direita do Rei e o terceiro estado (pobres), à esquerda. A França tentava definir seu rumo após a revolução.

O Dia do Trabalhador (01 de maio) surgiu após vários trabalhadores serem mortos em Chicago (EUA, 1886). Queriam a redução de jornada, que era de 13 horas por dia. Em 1910, ocorreu a definição do Dia da Mulher, motivado pela morte em incêndio de 145 trabalhadoras. O vermelho, utilizado nas manifestações, significava o sangue derramado dos lutadores. Sua origem remonta ao ano de 1450, quando, nas batalhas na Europa, a bandeira vermelha era símbolo de luta e resistência à opressão. Isso, em contraposição à bandeira branca que significava a “entrega e rendição”.

Vários partidos, movimentos e países usam o vermelho em suas bandeiras. Portanto, a crítica ao vermelho em contraponto à cor de nossa bandeira não cabe. Somos brasileiros e queremos o um País melhor e justo. Hoje, atravessamos mais uma vez o debate entre direita e esquerda. Em que lado você esta? O desafio é identificar em qual lado devemos estar e se é o lado certo.

Durante 500 anos, o Brasil foi governado pela direita. Houve um pequeno “soluço popular” no Governo Jango (João Goulart, 1961-1964) que assumiu após renúncia de Jânio Quadros. Mas deram o Golpe. Implantaram o parlamentarismo e tiraram seus poderes. O avô do Aécio, Tancredo Neves, foi o Primeiro Ministro. Em 1963, houve um plebiscito (consulta popular): o presidencialismo venceu. Jango assumiu seus poderes de presidente.

Entretanto, ao tentar as reformas que beneficiaria os mais fracos, aconteceu o Golpe Militar de 1964. A Globo reconheceu que apoiou o Golpe Militar, que também teve o apoio dos EUA. Veio a campanha das Diretas Já, em 1985. Mas as eleições foram indiretas (só deputados federais votaram). “Ganhou” o avô do Aécio Neves, Tancredo Neves, que morreu antes da posse. Assumiu José Sarney.
Em 1989, aconteceram as eleições diretas que não ocorriam desde 1960. O candidato da direita no segundo turno, Collor, venceu Lula. A Globo reconheceu que manipulou o debate. Mas Collor caiu. E FHC ganhou duas vezes de Lula. Até que, em 2002, Lula chega a Presidência. Não antes de assumir que não faria mudanças profundas. Faz um governo de inclusão social e com grandes resultados financeiros para as empresas.

Lula fez sua sucessora Dilma Rousseff. Em sua reeleição, a direita, prevendo a volta de Lula em 2018, não aceitou a derrota. Abriu várias frentes de resistência com apoio da Globo (de novo), que bombardeia os brasileiros com fatos e assuntos produzidos nunca mencionados até então. Nunca se falou tanto em TCU, STF, STJ, PGR, TSE, Embargos de Declaração, Agravo de Instrumento, etc.

Vazando e repetindo partes de verdades, criou um clima de confronto. Exemplo: os mesmos financiadores de campanha eram legais para a um e ilegais para outro. Agora, os poderosos tentam convencer que só há um partido político corrupto. A Globo, por repetição, quer introduzir uma “meia verdade” que por sí só torna-se injustiça. Só a democracia pode nortear nosso comportamento. Só a democracia possibilitará ao nosso Brasil sair desta situação.

Viva a Democracia.

Viva o Brasil.
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Nota da presidência do PT sobre a votação do impeachment

"Esta aventura ainda poderá ser detida pelo Senado Federal, onde será travada a próxima e decisiva batalha em favor do resultado eleitoral de 2014"
O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, divulgou nota, na noite deste domingo (17), sobre a aprovação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

“As forças mais reacionárias do país venceram a primeira batalha para a deposição da presidenta Dilma Rousseff, ao aprovarem — sob o comando do réu Eduardo Cunha e as promessas do vice conspirador — a admissibilidade do processo de impedimento na Câmara dos Deputados”.

Falcão reforça, no entanto, que “esta aventura ainda poderá ser detida pelo Senado Federal, onde será travada a próxima e decisiva batalha em favor do resultado eleitoral de 2014″.

Leia a nota, na íntegra:

“NOTA SOBRE A VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT

Hoje a infâmia e o golpismo feriram a democracia, rasgando a Constituição.

As forças mais reacionárias do país venceram a primeira batalha para a deposição da presidenta Dilma Rousseff, ao aprovarem — sob o comando do réu Eduardo Cunha e as promessas do vice conspirador — a admissibilidade do processo de impedimento na Câmara dos Deputados.

Os golpistas violentam a soberania das urnas para impor seu programa de restauração conservadora, com ataques aos direitos dos trabalhadores, cortes nos programas sociais, privatização da Petrobrás, arrocho dos salários, repressão aos movimentos sociais e entrega das riquezas nacionais.

Ao romperem com a regra constitucional, as velhas oligarquias conspiram para tomar o poder de assalto e forjar um governo ilegítimo, marcado pelo arbítrio.

Esta aventura ainda poderá ser detida pelo Senado Federal, onde será travada a próxima e decisiva batalha em favor do resultado eleitoral de 2014.

O Partido dos Trabalhadores conclama todos os homens e mulheres comprometidos com a democracia para que se mantenham mobilizados, ocupando as ruas contra a fraude do impeachment.

Nossa missão é defender a Constituição contra a aliança dos barões da corrupção, da mídia e da plutocracia, que tenta sequestrá-la.

A mobilização popular e democrática — cuja continuidade apoiamos e reforçaremos — é a única resposta possível diante do golpe que se trama nas sombras do Estado e nos esconderijos das elites endinheiradas.

Não permitiremos que a democracia, conquistada pela luta e a vida de tantos patriotas, seja destruída pelo ódio dos que sempre combateram o protagonismo e a emancipação do povo brasileiro.


Rui Falcão

Presidente Nacional do PT”



Da Redação da Agência PT de Notícias

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